Morreu funcionário público Valentin Fontelle Bueno

Fotos: Arquivo Pessoal

O funcionário público aposentado, Valentin Fontelle Bueno, 87 anos, nasceu e foi criado em São Gabriel, mas se mudou ainda jovem para o Coração do Rio Grande para que seus pais pudessem trabalhar e ter melhores condições de vida. O idoso foi casado por 65 anos com Rita Soares Bueno, 95, anos. Os dois tiveram dois filhos, Mara Regina, 64, e Jorge Adelar, já falecido. Bueno também tinha seis netos, 16 bisnetos e sete trinetos, que eram muito apegados a ele.

- Ele ajudou a criar aos netos, estava sempre perto da família, prezava muito essa união. Sempre que podia, ficava conosco. Ele e a vó que me criaram. Morei por muitos anos com eles e, agora, era eu quem estava cuidando dele - relembra a neta Angela Regina Soares da Silva, 46 anos.

Ela também é funcionária pública, assim como o avô. Angela recorda que, aochegar em casa do trabalho, Bueno sempre perguntava se ela tinha ganhado o dia. O idoso herdou o gosto pelo serviço do pai, que também era funcionário público e arrumou um cargo para o filho, já que na época não existia concurso.

- Ele atuou em inúmeras frentes do funcionalismo. Por último estava trabalhando como Guarda Municipal, fazia rondas pelas ruas da cidade. Ele batalhou muito durante a vida - fala a neta.

Descrito pela família como alguém calmo e de bem com a vida, Bueno não concluiu o ensino escolar, mas era muito educado e tinha facilidade em lidar com o público.

- Ele se dava bem com todo mundo. Era um marido muito bom, pai, avô, bisavô e trisavô presente, sempre deixando a família em primeiro lugar e não deixando nos faltar nada - emociona-se a esposa Rita.

Bueno cultuava as tradições gaúchas e não dispensava o bom chimarrão de manhã. Além disso, o rádio estava sempre perto dele nas longas noites de plantão e trabalho da Guarda Municipal.

Fã de músicas gaúchas, ele também gostava de canções evangélicas. O funcionário público era frequentador da Assembleia de Deus e passou sua fé e crença para todos da família. Ultimamente, ele não conseguia mais frequentar a igreja, e seus companheiros é que levavam a ceia em casa para ele.

O idoso também adorava conversar e contar histórias, principalmente sobre o dia do casamento. Ele também falava muito sobre seu serviço na prefeitura de Santa Maria. De acordo com a família, Bueno era correto e não gostava de ficar devendo a ninguém. Ele costumava dizer que seu nome era sua maior herança.

Um dos moradores mais antigos do Bairro Nossa Senhora Medianeira, o funcionário público residiu por 62 anos na Rua Vereador Bolsson e era muito querido pela vizinhança. Ele também sempre mantinha a casa cheia com visitas de amigos e familiares.

O funcionário público estava em casa quando passou mal e foi levado para o Pronto Atendimento Municipal por Angela. Ele faleceu em 19 de março em razão de insuficiência cardíaca. Bueno foi sepultado no mesmo dia, às 16h30min, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.

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